domingo, 4 de maio de 2014

Tempo!




"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei/Pra você correr macio..."

Incrível como os dias, horas, minutos e segundos passam por nós como se fossem poeira, pó...água descendo pelo ralo da pia.

Sei que este espaço esteve um pouco abandonado nos últimos tempos, mas o que é o tempo? 

Contamos no calendário: já passou Fevereiro, Março, Abril e estamos em Maio. Nem mencionei Janeiro. Mas o que, propriamente, conseguimos concluir com essa passagem enlouquecida do tempo? 

Pode-se dizer, que não tivemos tempo, em 5 meses, de viajar. Que não tiramos férias. Que não visitamos quem prometemos que iríamos visitar.
Pode ser que não preparamos um jantar especial, pois isso demanda tempo. Grita por tempo, por atenção, por carinho.
Podemos dizer também que a culpa é do trabalho e dos compromissos semanais que temos, sem contar as responsabilidades. 

Mascaramos a falta de tempo, colocando a culpa em nós mesmos.

Há quanto tempo a gente não se permite caminhar? Sim, caminhar. Temos pernas e músculos. Até onde sabemos, nossa anatomia e nosso cérebro foi feito para que nos mantenhamos em movimento. Ter um carro é uma maravilha, mas não pode ser uma prisão.

E o vento? Tem sentido ele no rosto? Aliás, temos sentido algo nos últimos tempos?

O fato é que nunca conseguiremos explicar o que fazemos com o tempo. Não sabemos quanto tempo nos será dado, não sabemos de nada.
Queremos que ele se arraste, ao mesmo tempo que ele deve passar o mais rápido possível.

Deve ser difícil, para o tempo, nos entender. 

Tenho fascínio pelo tempo e toda a reflexão que ele trás. Toda dúvida, certeza e mais dúvida ainda no próximo minuto.
Quem sabe esses devaneios que o tempo faz com a gente, sejam pra provar que podemos desacelerar um pouco e só sentir o que ele quer nos dizer: se não controlamos nem o tempo, o que controlamos?

Amanhã já é outro dia, outro momento, inédito. Vamos caminhar ao encontro disso...com calma.